Com avanço da vacinação em idosos, casos de Covid-19 em asilos cai 80%; profissionais de saúde entre 45 e 49 anos também serão imunizados esta semana na cidade
A vacinação dos idosos com a primeira dose dos imunizantes contra a Covid-19 deve ser finalizada esta semana na cidade do Rio de Janeiro. Isso porque a prefeitura prevê vacinar, até o próximo sábado (24), todas as pessoas de 60 anos ou mais.
Nesta segunda-feira (19), a imunização é destinada às mulheres de 61 anos. Na terça-feira (20), homens de 61 anos serão imunizados. E, na quarta-feira (21), tanto homens quanto mulheres dessa faixa etária podem buscar os postos de saúde. Na quinta (22), é a vez das mulheres de 60 anos e, na sexta (23), homens de 60 anos. Encerrando o público idoso no sábado, haverá repescagem para todas as pessoas com 60 anos ou mais que ainda não receberam a dose.
Segundo o painel Rio Covid-19, da Secretaria Municipal de Saúde, 83,7% dos idosos já foram vacinados com a primeira dose, o que corresponde a 1.006.027 pessoas na faixa etária, e 223.271 com a segunda. A vacinação dos idosos foi elencada como prioridade da Secretaria Municipal de Saúde, em uma tentativa de diminuir a mortalidade e internação na faixa etária mais vulnerável à infecção pelo novo coronavírus.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, que se recupera da doença, comemorou pelas redes sociais: “seguimos firmes”, disse na postagem em que divulgou os números da vacinação.
Já o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, escreveu: “vamos fechar todos os idosos esta semana! Uma das primeiras capitais a vacinar o grupo de idosos, a população mais vulnerável nesta pandemia!”.
Os reflexos da imunização são sentidos em asilos, por exemplo, onde o número de casos de Covid-19 caiu 80%. No mês de março, apenas oito pessoas testaram positivo para o vírus. Em janeiro deste ano, foram 41 casos registrados.
As pessoas com mais de 60 anos, moradoras de instituições de longa permanência, foram as primeiras que receberam as doses junto com profissionais de saúde da linha de frente, elencadas como prioridade na campanha nacional de vacinação.
Outros públicos prioritários
A cidade do Rio de Janeiro soma 1,2 milhão de imunizados contra a Covid-19, cerca de 18% da população.
Profissionais de saúde entre 45 e 49 anos também serão imunizados esta semana no Rio de Janeiro. A campanha é destinada a médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais de educação física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares.
Atualmente, dentro desse público, são 205.375 imunizados com a primeira dose e 96.270 com a segunda dose.
No último sábado (17) teve início a vacinação dos profissionais de educação, com os servidores públicos da educação básica com 55 anos ou mais – 4.429 pessoas receberam o imunizante. No próximo sábado (24), a campanha passa à faixa etária de 50 anos ou mais.
O Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro (Sinpro), que representa os profissionais da educação privada, publicou uma nota de repúdio contra a decisão da prefeitura de excluir o público que atua nas escolas particulares.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, afirmou que a vacinação dos profissionais da educação da rede privada deve começar até o fim do mês de abril.
Também está previsto o início da imunização, a partir de 26 de abril, das pessoas com comorbidade, deficiência permanente e serviços de limpeza, junto com a continuidade da campanha aos profissionais da educação, policiais, guardas municipais, bombeiros e agentes penitenciários.
No fim de semana, associações e familiares de pessoas com deficiência fizeram uma carreata, na orla da Zona Sul, pela vacinação imediata desse público, sem restrição de idade. O calendário da prefeitura estabelece o início da vacinação a partir da faixa etária de 59 anos, de forma regressiva.
“As vacinas estão chegando aos poucos ao município e, pelo cronograma de entregas do Ministério da Saúde, não haverá ainda doses para todos a curto prazo. Diante disso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) precisou elencar prioridades dentro dos grupos contemplados pelo Programa Nacional de Imunizações, visando sempre atender primeiro aqueles que, estatisticamente, apresentam mais complicações diante da infecção pelo coronavírus”, afirmou o município.
“A SMS aguarda o avanço do cronograma de entregas de vacinas pelo Ministério da Saúde e também trabalha com a possibilidade de compra direta de vacinas, após aprovação da [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] Anvisa, e espera com isso poder atender outros grupos prioritários no menor prazo possível.
Fonte: CNN Brasil
