Os profissionais da Enfermagem de todo o país se mobilizaram em Brasília nesta terça-feira (17/8) na 2ª Marcha da Enfermagem Brasileira. Os manifestantes foram recebidos de maneira hostil por policiais, que utilizaram spray de pimenta para dispersar o grupo.
A manifestação reuniu representantes da área de saúde do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal e São Paulo e pediu a aprovação do Projeto de Lei nº 2564/2020, que institui o piso salarial nacional fixado para jornada de 30 horas semanais para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliar da enfermagem e parteira.
O representante do Cofen, Jefferson Caproni, destacou a atuação da Enfermagem no período da Pandemia: “muitas vezes enfrentando jornadas exaustivas de trabalho e com salários muito baixos, precisamos sensibilizar o Congresso Nacional para a aprovação do PL 2564 com celeridade”.
Alexandre Filho, acadêmico de enfermagem, que faz parte da Associação da Categoria Unida do Espírito Santo (ACAUES), o maior medo é que os profissionais da área de saúde cruzem os braços e que apenas 30% dos profissionais trabalhem. “O meu medo é que a categoria decida fazer greve. Se isso acontecer, pessoas inocentes podem vir a óbito e as mesmas não tem culpa do que está acontecendo”, disse.
E completou: “A enfermagem não é violência. Enfermagem é vida. Enfermagem salva vidas. Enfermagem é cura, é esperança e acalento”.
Michelle Araujo
Jornal Da Enfermagem
