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Enfermagem faz ato silencioso na Esplanada dos Ministérios, em Brasília

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) colocou um banner gigante na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, nesta segunda (10/5), mostrando o número de enfermeiros atuando no Brasil: 2.479.814 profissionais. Esse é um ato silencioso que faz parte da Semana da Enfermagem, que acontece de 12 a 20 de maio, e consiste em um movimento de mobilização a favor da valorização da categoria.

Os profissionais de saúde defendem a votação do piso salarial para Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem e Parteiras, e também pedem a regulamentação da jornada de trabalho de 30 horas semanais. O PL 2564/2020, de autoria do Senador Fabiano Contarato (Rede-ES), está na pauta do Senado Federal e, atualmente conta com apoio informal de 48 senadores, incluindo a relatora, Senadora Zenaide Maia (Pros-RN).

“Nossa categoria merece respeito e valorização. Lutamos por esse projeto há anos. Se aprovado, trará dignidade a uma profissão que luta há décadas no combate a várias epidemias. A COVID 19 é mais uma doença grave que os profissionais da enfermagem combatem e estão na linha de frente. É uma categoria que nunca foi valorizada do ponto de vista salarial e pela importância da profissão para a sociedade”, afirmou o Diretor do Conselho Federal de Enfermagem, Gilney Guerra.

De acordo com o Cofen, hoje são mais de 2,4 milhões de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem enfrentando árduas rotinas de trabalho na maior crise sanitária dos últimos anos e convivendo com outro desafio: as desigualdades salariais. Em alguns estados, o salário médio de enfermeiros pode ser inferior a dois salários mínimos.

Sobre o projeto

Assinada por todos os conselhos regionais de enfermagem do Brasil, a proposta estabelece um piso salarial nacional de R$ 7,3 mil mensais para enfermeiros, de R$ 5,1 mil para técnicos de enfermagem, e de R$ 3,6 mil para auxiliares de enfermagem e parteiras – valores correspondentes a uma jornada de 30 horas semanais. Além disso, o PL relata também as condições de trabalho destes profissionais, que representam mais da metade do total de trabalhadores da Saúde do país.

 

Por: Michelle Araujo, Jornalista

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