O Dia Internacional da Enfermagem, 12 de maio, foi marcado por diversas manifestações de apoio à categoria. Nas redes sociais, nas ruas, em monumentos, em sites, nas mídias e em hospitais e locais públicos. Projeções e posts agradecendo o trabalho dos enfermeiros foram vistas em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
Em Brasília, profissionais da área se reuniram na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para a 1ª Marcha da Enfermagem. Além de pedir a aprovação do PL 2295/2000, que prevê a redução da carga horária da categoria para 30h, e do PL 2564/2020, que determina um piso salarial fixo, os manifestantes lembraram das vidas perdidas para a Covid-19. Frases de apoio à categoria foram projetadas nas torres do Congresso Nacional, além de um painel gigante no meio da Esplanada, inserindo os números dos profissionais de saúde no Brasil: cerca de 2,4 milhões de profissionais, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares.
Em São Paulo, profissionais da saúde marcharam na Avenida Paulista e fizeram carreata. Eles reivindicaram as mesmas pautas mencionadas acima e a nomeação dos Concursados públicos Aprovado Deus de 2015.
O Diretor do Cofen, Gilney Guerra, um dos idealizadores do ato silencioso em prol da categoria, disse que essa mobilização, além de valorizar os profissionais, lembra da importância das pautas que a enfermagem precisa. “É uma categoria que nunca foi valorizada do ponto de vista salarial e pela importância da profissão para a sociedade. Lutamos há 21 anos por isso e nada mais justo do que conquistarmos esse apoio da população e tabém dos parlamentares, que tem o poder de votar nossa proposta.”
Os trabalhadores da Enfermagem e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) têm se mobilizado, solicitando apoio ao projeto PL 2564/2020, que estabelece um piso salarial nacional de R$ 7,3 mil mensais para enfermeiros, de R$ 5,1 mil para técnicos de enfermagem, e de R$ 3,6 mil para auxiliares de enfermagem e parteiras – valores correspondentes a uma jornada de 30 horas semanais. Além disso, o PL relata também as condições de trabalho destes profissionais, que representam mais da metade do total de trabalhadores da Saúde do país.
Por Michelle Araujo, Jornalista
