Segundo entidade, a Câmara descumpriu a promessa de que a aprovação viria acompanhada da identificação de fontes de custeio ou compensações
Nesta sexta-feira, Antônio Britto, diretor da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) disse que a entidade foi surpreendida ao saber que a PEC do Piso da Enfermagem, aprovada na última quinta-feira (14) pela Câmara dos Deputados, foi enviada nesta sexta-feira para sanção presidencial. Ele explica que a aprovação do projeto em si não foi inesperada, mas sim o envio para sanção sem a identificação de fontes ou compensações para viabilizar esse pagamento.
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— A Câmara havia prometido que projeto só seria enviado para o presidente sancionar em conjunto com outro projeto que estabeleceria fontes de custeio — disse Britto.
De acordo com a Anahp, isso causará impacto nos planos de saúde, pois os contratos terão que ser revistos diante do aumento do custo dos hospitais, e no Sistema Único de Saúde (SUS), que irá absorver a demanda dos hospitais filantrópicos.
“Criou-se uma despesa de R$ 16 bilhões sem nenhuma palavra sequer sobre de onde os hospitais, especialmente os pequenos e filantrópicos, encontrarão esse dinheiro daqui a 30 dias”, diz Britto, em posicionamento sobre o assunto enviado pela Anahp.
A entidade informa que já solicitou uma reunião com a Agência Nacional de Saúde (ANS) para alertá-los de que é inevitável convocar os planos de saúde e pedir revisão dos contratos e faz um apelo para a Câmara dos Deputados e para a Presidência da República “para que a promessa seja cumprida e sejam imediatamente encontrados os meios de custeio”.
Fonte: O Globo