Diretor técnico do HMISC orienta famílias sobre os atendimentos
Um desentendimento no final da tarde dessa segunda-feira, dia 11, entre uma mãe de paciente e a equipe de enfermagem do Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC) resultou em um boletim de ocorrência na Polícia Militar (PM). A guarnição foi acionada por volta das 17h45, para atender uma ocorrência na unidade hospitalar de Criciúma.
De acordo com a PM, a enfermeira do pronto-socorro relatou que recebeu uma criança com febre, porém como estão com alta demanda de casos graves, os profissionais receberam orientação da Secretaria de Saúde para encaminhar pacientes como pulseira cores azul e verde (entenda na imagem abaixo) à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Rio Maina.
Conforme a PM, após repassar a informação à mãe da paciente, a mulher se alterou e desferiu palavrões contra a profissional. Em contrapartida, a mãe da criança informou à guarnição que sua filha está há uma semana com febre e possui problemas no intestino desde o nascimento e em todos os lugares que foi faltam pediatras e que no hospital informaram que a criança estava bem e não poderia passar pelo atendimento médico, pois possuíam pacientes mais graves.
Segundo a PM, a mãe da paciente confirmou que se exaltou e gritou com a enfermeira. O médico da unidade hospitalar atendeu a criança instantes depois. Um boletim de ocorrência foi registrado.
Unidade lotada
Nos últimos dias, o Hospital Materno Infantil Santa Catarina passou a registrar um grande número de crianças sendo internadas, tanto em leitos clínicos quanto em leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Desde o último sábado, dia 9, o número de crianças com doenças respiratórias aumentou consideravelmente, o que levou à necessidade de iniciar transferências destes pacientes para outras unidades do Estado. No domingo, dia 10, o governador Carlos Moisés esteve no local acompanhado do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro.
Uma das discussões entre a instituição e os governos presentes foi justamente a necessidade da valorização da atenção básica de saúde. De acordo com o diretor técnico do HMISC, Leon Iotti, atualmente 70% da demanda do hospital poderia ser atendida nas unidades básicas de saúde (UBS) ou Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) dos bairros.
A maioria dos casos registrados nos últimos dias não têm relação com a Covid-19 ou Influenza, segundo Iotti, mas com outros vírus de certa forma comuns nesta época. “Trazer as crianças ao hospital para serem pesadas, ou para atestados, por exemplo, faz com que elas se contaminem. Em junho, por exemplo, chegamos a ter 10 mil atendimentos no mês, quando nossa média histórica é de cinco mil”, comenta Iotti. “O hospital não deve ser procurado como a primeira solução para a saúde. “É importante que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e UPAs sejam utilizadas”, reforça o diretor.
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Fonte: ENGEPLUS
