Síndrome vai ser incluída na classificação internacional de doenças pela Organização Mundial de Saúde
Uma das consequências mais devastadoras da pandemia é a síndrome de Burnout em profissionais de saúde. Eles trabalham na linha de frente, estão extremamente expostos ao vírus e são submetidos a jornadas de trabalho sem fim. A síndrome – que é ligada ao estresse por excesso de trabalho – vai ser incluída a partir do ano que vem na classificação internacional de doenças pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ligado exclusivamente ao trabalho, o Burnout é um fenômeno ocupacional, uma síndrome crônica que acomete trabalhadores de diversas áreas. Entre os mais afetados estão os profissionais da saúde, principalmente pós pandemia.
Os sintomas mais frequentes são:
- Cansaço extremo
- Indisposição
- Desconcentração
- Irritabilidade
- Perda de vontade de fazer atividades básicas
Pesquisa realizada pelo Internet Stress Management Association em 2019 aponta que antes da pandemia o Brasil aparecia na segunda colocação mundial, atrás apenas do Japão. Na época, 32% dos trabalhadores brasileiros sofriam com a síndrome.
“Ocorrem muitos pedidos de demissão na área da saúde por conta de problemas emocionais e a gente sabe que isso se inicia pelo Burnout, o que abre portas para a depressão, que pode se agravar”, explica Dorisdaria Humerez, coordenadora da Comissão Nacional de Enfermagem e Saúde Mental do Cofen.
Para dar apoio aos profissionais da Enfermagem e combater o esgotamento emocional, o Cofen criou o programa Enfermagem Solidária durante a pandemia. Cerca de 12 mil profissionais buscaram atendimento. Na lista de fatores que contribuem para o Burnout nessa área estão o acúmulo de empregos, falta de boas condições de repouso e o forte vínculo com os pacientes 24h por dia.
Confira a reportagem na íntegra.
Fonte: G1 Notícias
http://www.cofen.gov.br/burnout-em-profissionais-de-saude-e-um-dos-efeitos-da-pandemia_93102.html