Falta pouco mais de um ano para as eleições e 2022 promete ser o ano da Enfermagem na política. É o que dizem os entendedores do assunto. Isso porque a enfermagem ganhou um protagonismo ainda maior após a pandemia do Coronavírus, ganhando espaço e importância junto à população. E as eleições de 2022 irão abrir 513 novas oportunidades para deputados federais, 27 para senadores e milhares de vagas para deputados estaduais em todo o território nacional.
A atividade política dos enfermeiros já é conhecida, uma vez que a categoria luta por melhorias nas condições de trabalho e salariais há anos. Ganhou repercussão nacional a luta dos trabalhadores da saúde pelo piso salarial, pela aprovação do PL nº 2564/2020, que estabelece um piso salarial para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras das redes pública e privada, correspondentes a uma jornada de 30 horas semanais.
De acordo com o tesoureiro do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Gilney Guerra, a categoria vem lutando pela valorização profissional há muito tempo e, com a pandemia, a voz tem ecoado mais alto. “Ao longo dessa pandemia fizemos diversas manifestações, mostrando para a população que é preciso valorizar o profissional de saúde.”
Para a enfermeira, vereadora de Fortaleza e Presidente do Coren Ceará, Ana Paula Brandão, é fundamental que os profissionais de saúde ocupem espaços na política brasileira, pois, segundo ela, é por meio desse recurso que é possível estabelecer acesso às políticas públicas de saúde. “Termos parlamentares da área de saúde é fundamental para mais valorização da saúde brasileira, pois só assim teremos acesso às políticas públicas e teremos, assim, possibilidade de corrigir déficits de financiamentos, déficits salariais e até de acesso ao SUS”, afirma ela.
Na opinião da vereadora, os enfermeiros ganharam muito espaço na pandemia e perceberam que para lutar pela saúde é preciso ter acesso ao parlamento. “Parlamentares comprometidos com a saúde fazem a defesa do SUS e corrige déficits e lutam pela saúde e valorização da categoria.”
Michelle Araujo
Jornalista Jornal da Enfermagem
