Segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, assinatura de termo de consentimento tinha sido determinada pela gestão estadual, que revisou a regra e a tornou facultativa a partir desta terça (14).
A Prefeitura de São Paulo não vai mais exigir a assinatura do termo de consentimento de intercambialidade de vacinas para quem tomar Pfizer como segunda dose da AstraZeneca.
A determinação constava em instrutivo municipal e foi cumprida em todas as unidades de saúde da cidade nesta segunda-feira (13).
“Nós acabamos de receber um novo instrutivo da secretaria estadual da saúde, colocando o termo de ciência como facultativo e não obrigatório. Então, diante dessa nova orientação da secretaria estadual e Saúde, nós também vamos deixar, obviamente como conhecimento generalizado da eficiência do intercâmbio das vacinas, de exigir o termo porque isso toma tempo dos nossos profissionais”, afirmou em entrevista à GloboNews.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, a medida tinha sido determinada pela gestão estadual, que revisou a regra na manhã desta terça (14) e a tornou facultativa a partir de hoje.
Na semana passada, o governo paulista autorizou os municípios a aplicar a vacina da Pfizer em quem já está com a segunda dose de AstraZeneca em atraso. Na capital, a vacinação desse grupo começou a ser feita por volta das 15h desta segunda (13).
Podem se vacinar quem estiver com a dose de AstraZeneca vencida entre os dias 1º e 15 de setembro.
Termo de intercambialidade da vacina para quem tomar a segunda dose da Pfizer no lugar da Astrazenenca — Foto: Divulgação
Doses em atraso
A capital recebeu do governo estadual 165 mil doses da Pfizer no sábado (11) para serem aplicadas a este público.
Ainda de acordo com Aparecido, a gestão municipal conseguiu nos estoques mais 30 mil doses que serão destinadas a essa população.
O quantitativo, entretanto, não é suficiente para atender a todo o grupo com o esquema vacinal em atraso.
De acordo com levantamento da gestão municipal, 340 mil pessoas já estão com a segunda dose da vacina em atraso.
O município espera receber nesta quarta-feira um novo lote de vacinas da Pfizer pelo Ministério da Saúde, além da retomada das entregas de AstraZeneca.
Intercambialidade
No final de semana, o governo de São Paulo entregou aos municípios 400 mil doses de Pfizer extras que chegaram nos últimos dias ao estado e serão remanejadas para a aplicação da segunda dose. Os municípios também poderão aplicar vacinas da Pfizer que eventualmente tiverem em seu estoque.
A intercambialidade das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca foi chancelada pelo Comitê Científico do governo do estado e pelo Programa Estadual de Imunização, que embasaram a decisão em estudos da Organização Mundial de Saúde e orientações do próprio Ministério da Saúde.
A decisão também foi aprovada em deliberação bipartite com o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems).
Na semana passada, o governador João Doria (PSDB) afirmou que que vai entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) caso não receba cerca de 1 milhão de doses da AstraZeneca que, segundo ele, estão em atraso e seriam destinadas para a aplicação da segunda dose no estado.
Dose de reforço 85 a 89 anos
Nesta segunda, o estado de SP começa a aplicar a dose de reforço nos idosos de 85 a 89 anos que já tenham tomado a segunda dose ou a dose única há pelo menos seis meses.
A aplicação do reforço começou a ser feita em 6 de setembro na população com 90 anos ou mais, conforme calendário estadual.
Em São Paulo, a imunização deste grupo é feita com a vacina que está disponível nos postos, sem priorizar a aplicação da Pfizer, como recomenda o Ministério da Saúde.
Na capital, o secretário voltou a afirmar que a cidade fará o uso da Pfizer nessa população assim que receber novos lotes do imunizante.
Cientistas que estudam a pandemia criticaram a opção do governo estadual e destacaram estudos que mostram maior proteção para idosos com uma dose de reforço da Pfizer, como estipulado pelo governo federal.
Adolescentes
Os postos também vacinam adolescentes a partir de 12 anos. Eles devem ser acompanhados pelo responsável no momento da vacinação.
Se isso não for possível, será necessário estar com um adulto e apresentar uma autorização assinada pelo responsável.
FONTE: CNNBRASIL