A Associação das Instituições de Longa Permanência afirma que mais de 200 funcionários já foram demitidos
Depois de ter sido sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, o reajuste do piso salarial nacional da enfermagem reflete em instituições que empregam esses profissionais. Em Belo Horizonte, casas de repouso vivem um drama e correm o risco de fechar, caso o reajuste passe a vigorar imediatamente. É o que afirma a representante da Associação das Instituições de Longa Permanência para Idosos de BH, Zena Amaral.
“As contas das instituições se tornaram inviáveis, com o impacto financeiro devido ao público que atende. A grande maioria, ou seja, 80% das casas atendem pessoas de classe média para baixo. Para nós, que cuidamos deste público, as contas se tornaram inviáveis, realmente. Hoje, infelizmente, já foram feitas mais de 200 demissões.”
A proposta aprovada define um salário inicial para enfermeiros de R$ 4.750. Nos demais casos haverá proporcionalidade, sendo 70% do piso dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem, o que dá um salário de R$ 3.325 e 50% para os auxiliares e parteiras no valor de R$ 2.375.
Por outro lado, o Conselho Regional de Enfermagem de Minas defende o reajuste (Coren-MG). A presidente do conselho, Maria do Socorro Pena, fala em conquista histórica.
“A conquista do PIS salarial é uma luta histórica. Hoje, traduzida em vitória o piso é lei no Estado de Minas Gerais. Mais de 200 mil profissionais serão beneficiados através desta conquista. Com relação às casas de repouso estarem dizendo que não conseguirão arcar com os custos desse reajuste, o Coren tem a dizer: durante muito tempo essas instituições estiveram em sua rede de apoio técnicos de enfermagem. Então, utilizaram de um saber específico e relevante para atender os seus clientes. Eles também deverão se organizar para atender a sua clientela na medida da necessidade e da legalidade dos atos”.
Fonte: Itatiaia
