A moradora de Mauá da Serra viveu momentos de tensão após a filha, de um ano e seis meses, sofrer convulsões e parada cardíaca
“Eu pensei que iria perder a minha filha”, foi o que disse Ana Paula Ortiz da Silva, de 18 anos. A moradora de Mauá da Serra viveu momentos de tensão após a filha, Stefany Sophia Ortiz de Oliveira, de apenas um ano e seis meses, sofrer convulsões e parada cardíaca. Na última sexta-feira (3), a mãe procurou atendimento no Pronto Socorro, pois a menina estava com sintomas gripais.
Ao chegar na unidade de saúde foi realizado um teste de Covid, que apontou que a criança estava com a doença e foi aí que o desespero começou. “Na semana passada fui diagnosticada com Covid e acredito que passei para a minha filha. No dia que procurei atendimento, ela estava com muita febre, ela fez o teste que deu positivo e nós estávamos aguardando a consulta para saber como tratar a doença quando ela começou a convulsionar, depois ela começou a passar ainda mais mal e eu pensei que eu iria perder minha filha. Graças a Deus, um verdadeiro anjo em forma de enfermeiro apareceu e salvou minha menina”, muito emocionada, explica a mãe.
O técnico de enfermagem Everaldo Withotf, de 41 anos, foi quem ajudou a família. Ao ouvir a mãe desesperada no Pronto Socorro foi ver o que estava acontecendo e já encontrou a menina desfalecida. “Eu escutei a mãe gritando desesperada, fui ver o que era e já encontrei a criança em cianose extrema, com crise convulsiva, seguida de parada respiratória e cardíaca, sem pulso, uma situação muito grave. Peguei a criança em meus braços e levei para sala de atendimento, nós temos todos os equipamentos de reanimação, mas na hora, devido a gravidade, achei melhor fazer a respiração boca a boca e massagem massagem cardíaca, na primeira vez não deu certo, na segunda também não, mas na terceira vez, o ar entrou e ela voltou a respirar. Junto com o doutor Celso e enfermeiras, conseguimos reverter esse quadro”, relembra o profissional.
Everaldo, que é um experiente profissional, trabalha como técnico em enfermagem há 20 anos, não se importou com os riscos de contrair a Covid ao ter contato com a criança. “Eu só queria salvar a vida dela, não me importei se ela tinha testado positivo, é uma criança em um quadro grave, que exigia rapidez no atendimento e o que eu fiz era o mais viável para o momento. Muitas vezes é difícil reverter esse quadro que ela se encontrava, mas nós conseguimos. Deus coloca a gente na hora certa, no lugar certo, não fui eu que salvei ela e sim Deus, que nos colocou um no caminho do outro”, ressalta.
Fonte: TN Online